CineSolarzinho chega a Antônio Dias com sessões gratuitas de cinema movido a energia solar, pipoca e atrações para toda a família
O primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil será montado na Comunidade Porteira Grande, com evento gratuito na sexta-feira (24/03), a partir das 18h30
A experiência do CineSolarzinho, o primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil, chega a Antônio Dias (MG) com sessões gratuitas para a população e oficina de educação ambiental e linguagem audiovisual para crianças e jovens. Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio da Prefeitura Municipal, serão exibidos curtas infantojuvenis que abordam temáticas de ancestralidade, empoderamento feminino e igualdade de gênero na sexta-feira (24/03), a partir das 18h30, na Comunidade Porteira Grande, em frente a Escola Estadual Vicente Inácio Bispo. As sessões contam com distribuição de pipoca e o público pode visitar o furgão, que carrega todo o cinema e se transforma numa estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz.
O CineSolarzinho - versão infantil do CineSolar -, que em 2023 completa 10 anos, transforma espaços públicos e abertos em salas de cinema e já realizou cerca de 1870 sessões (com exibição de 180 filmes) e 576 oficinas para 284 mil pessoas de quase 600 cidades, de 23 estados e do Distrito Federal. O projeto já percorreu mais de 250 mil quilômetros pelo país e atua com o objetivo de democratizar o acesso às produções audiovisuais (principalmente as nacionais), promover ações e práticas sustentáveis, a inclusão social e difundir a tecnologia da geração de energia solar.
“Viajando pelo Brasil presenciei o quanto nosso território é diverso e, infelizmente, desigual. Há uma escassez de equipamentos culturais e de acesso às energias renováveis. Por isso, o nosso papel sempre foi de atuar com encantamento e alegria, por meio de ações culturais e ambientais, na sensibilização e conscientização das pessoas, além de aproximá-las das novas tecnologias e das produções cinematográficas nacionais”, diz Cynthia Alario, coordenadora e idealizadora do CineSolar.
O furgão do CineSolar é adaptado com as placas fotovoltaicas no teto e carrega todo o cinema: 110 cadeiras e banquetas, os sistemas de conversão de energia e armazenamento (que garante 20 horas de autonomia e funcionamento), de som e projeção, incluindo a tela. Além de tudo isso, o espaço se transforma em uma estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz.
Com infográficos, iluminação e decoração especial - feita com materiais reciclados e objetos com princípios de magnetismo e eletricidade como laser e bola de plasma -, o veículo é uma atração à parte, que encanta pessoas de todas as idades e mostra, de maneira descontraída e divertida, como a luz do sol se transforma em energia elétrica.
“Ser parceiro do CineSolar é muito significativo para nós porque este é um projeto que trabalha a sustentabilidade de forma prática, no dia a dia, apontando soluções para melhorar a vida de todos, em uma abordagem que tem sinergia com a atuação do Instituto Cultural Vale. É uma alegria participar de mais esta edição”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Mudanças Climáticas, Natureza e Iniciativas Culturais da Vale.
Nas sessões de cinema e nas oficinas, o CineSolar também colabora na difusão de ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil, e cumpre 10 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) propostos pela ONU (Organização das Nações Unidas): saúde de qualidade; igualdade de gênero; redução das desigualdades; consumo e produção responsáveis; paz, justiça e instituições eficazes; educação de qualidade; energias renováveis; cidades e comunidades sustentáveis; combate às mudanças climáticas; e parcerias e meios de implementação.
“Para nós, difundir essa proposta em parceria com a Unesco é fundamental, tanto para sensibilizar a população, na compreensão de que todos nós fazemos parte deste grande ecossistema vivo do Planeta Terra, e que somos responsáveis pelas mudanças possíveis de serem feitas hoje, quanto para deixarmos esse legado nas cidades, nas comunidades por onde passamos”, destaca Cynthia Alario.
A 3ª edição do CineSolarzinho é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com apoio da Ciranda de Filmes e da Prefeitura Municipal de Antônio Dias, por meio da Secretaria Municipal de Educação, e é realizada pela Brazucah Produções e Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura.
Oficinema Solar
Além das sessões de cinema, o CineSolar realiza a Oficinema Solar com crianças e jovens, que integra arte, tecnologia e sustentabilidade. O encontro, presencial ou on-line, com duração de três horas, tem como objetivo sensibilizar e possibilitar a expressão dos participantes através da linguagem audiovisual, com a utilização de elementos básicos como fotografia, enquadramento e roteiro. Na cidade de Antônio Dias será com os alunos da Escola Estadual Professor Letro.
Por meio da educação ambiental, os participantes são incentivados a levantar os problemas locais e conversar sobre ações sustentáveis, construindo coletivamente a história e a roteirização do filme. Todas as ações são gravadas, um curta é produzido, editado pela equipe do CineSolar e tem sua “estreia mundial” durante a sessão de cinema para a comunidade local, ficando disponível também no canal do Youtube (https://www.youtube.com/@CINESOLARBRASIL).
“As oficinas complementam as atividades do cinema ao ar livre. Nos encontros tratamos o tema da sustentabilidade e energias renováveis mais aprofundado, instigando as crianças e os jovens a fazerem uma reflexão sobre a sua comunidade, a partir das discussões locais e tendo como referência as grandes soluções globais. Além disso, incentivamos o empoderamento desses participantes, que ficam à frente da câmera, protagonizando o curta que será projetado na tela do CineSolar para todos”, diz Cynthia Alario.
PROGRAMAÇÃO
Antônio Dias/MG
Sessões de Cinema
Data: Sexta-feira (24/03)
Horários: 18h30 - 1ª sessão: curtas infantojuvenis - ODS 5: Empoderamento Feminino e Igualdade de Gênero
19h30 - 2ª sessão: curtas infantojuvenis - Ancestralidade
Entrada: gratuita - não precisa de ingresso
Atração: pipoca e visita ao furgão do CineSolar, que se transforma numa estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz
Local: Em frente a Escola Estadual Vicente Inácio Bispo - Comunidade Porteira Grande - Antônio Dias/MG
SINOPSES DOS FILMES
1ª sessão
ODS 5: Empoderamento Feminino e Igualdade de Gênero
‘Claudete e o Bolo’ – Direção: Fádhia Salomão, Animação/Livre, Brasil/2020 - 5 min
Alguém que gosta de fazer bolos e os faz com verdadeira dedicação, esta é Claudete. Seus bolos são apreciados por todos e isso a deixa contente, mas quando se vê sobrecarregada pela demanda excessiva, Claudete terá que tomar uma atitude.
‘Meninos e Reis’ – Direção: Gabriela Romeu, Documentário, Brasil/2016 - 16 minutos
No reisado, um dos folguedos mais populares do Cariri cearense, crianças aprendem a jogar espada com destreza e meninas crescem como rainhas. Mas Maria, a rainha de um dos reisados mais tradicionais da região, está no último ano de reinado e encara o drama de passar a coroa para a irmã mais nova, vivendo um verdadeiro rito de passagem.
‘A menina e o velho’ – Direção: Luciano Fusinato, Animação/10 anos, Brasil/2021 - 10 min.
Uma menina e um velho iniciam uma amizade através dos fios de um varal. Do seu encontro, brotam singeleza e poesia.
‘Por que não tenho um Xerimbabo?’ – Direção: Patricia Alves Dias, Documentário/ +6 anos, Brasil/2020 - 13 min.
XE.RIM.BA.BO, palavra de origem Tupi, quer dizer “a coisa mais querida”. ‘Por que não tenho um Xerimbabo?’ é um ensaio poético biográfico sobre passagens da vida da menina Lia e sua relação com os animais. Assim como outras crianças, ela inventa um mundo próprio de coisas (desenhos, instalações, pop-ups etc.) inserido num mundo de adultos.
‘Meu nome é Maalum’ – Direção: Luísa Copetti, Animação, Brasil/2021 - 8 min.
Maalum é uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas. Logo que sai do seio de sua casa, ela se depara com os desafios impostos pelos discursos e pelas práticas de uma sociedade racista. Assim que chega na escola, todos riem dela. Maalum não entende o porquê e, com ajuda da sua família, vai descobrir o significado do seu nome e transformar a tristeza em orgulho por sua ancestralidade.
2ª sessão
Ancestralidade
‘Alma Carioca, um choro de menino’ – Direção: William Côgo, Animação/Livre, Brasil/2002 - 5 minutos
História de um menino que vive na zona portuária do Rio de Janeiro da década de 20 e testemunha o surgimento do Choro, quando encontra os grandes mestres pioneiros desse estilo puramente carioca.
‘Maré Capoeira’ – Direção: Paola Barreto, documentário, Brasil/2005, - 12 min.
Maré é o apelido de João, um menino de dez anos que sonha ser mestre de capoeira como seu pai, dando continuidade a uma tradição familiar que atravessa várias gerações. O curta mistura ficção e documentário para contar uma pequena história de amor e guerra.
‘A Festa dos Encantados’ – Direção: Masanori Ohashy, Animação, Brasil/2016 – 13 minutos
A festa dos encantados narra a saga de um índio Guajajara que, procurando pelo irmão perdido, encontrou um mundo subterrâneo habitado por seres encantados e ali permaneceu até aprender todos os rituais e cânticos de várias celebrações. Com saudade da família, voltou para seu povo e passou a contar sua história e a ensinar, na sua aldeia de origem, tudo o que havia aprendido com aqueles seres. Antes disso, de acordo com a lenda, os Guajajara não realizavam festas.
‘O Violeiro Fantasma’ – Direção: Wesley Rodrigues, Animação/14 anos, Brasil/2017 – 7 minutos
Através da poesia de cordel, o violeiro apresenta um sertão mágico e psicodélico.
‘Bá’ – Direção: Leandro Tadashi, Brasil/2015 - 14 min
O menino Bruno é obrigado a lidar com as mudanças que ocorrem em sua vida quando sua "Bá" (de Batchan, avó em japonês) é trazida para morar em sua casa.
Sobre o CineSolar
O CineSolar é o primeiro cinema itinerante do Brasil movido a energia limpa e renovável: a energia solar. Em 10 anos, desde julho de 2013, o projeto já realizou cerca de 1870 sessões com exibição de 180 filmes, entre curtas-metragens e longas, e 576 oficinemas - que integram arte, tecnologia e sustentabilidade, proporcionando acesso às técnicas básicas que compõem a linguagem cinematográfica. Quase 600 cidades do país, de 23 estados e do Distrito Federal, já receberam o CineSolar, que percorreu mais de 250 mil quilômetros, chegando a 284 mil pessoas.
O projeto conta com dois cinemas móveis, batizados de Tupã e Mahura. Os furgões foram grafitados e adaptados com as placas fotovoltaicas e o sistema de conversão de energia e armazenamento, com 20 horas de autonomia. Cada veículo também carrega 110 cadeiras e banquetas para o público e todo o sistema de som e projeção para o cinema. Além disso, já geramos mais de 3 milhões de watts (equivalente a um ano e três meses de uma geladeira ligada).
O CineSolar conta com o patrocínio institucional da Mercedes-Benz - Cars & Vans Brasil, patrocínio solar da Clarios - com a bateria Heliar e a Freedom Estacionária, e apoio das marcas Biowash, Cicloway e Bio 2. O projeto também promove ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil e a Unipaz (Universidade Internacional da Paz), e realiza compensação de carbono em parceria com a Ecooar (219 árvores já foram plantadas em área de manancial, em Garça/SP), sendo que em 2023 uma árvore será plantada a cada 10 sessões realizadas.
O CineSolar integra a Solar World Cinema, uma rede internacional de cinemas itinerantes movidos a energia solar, com a participação de vários países como Holanda, África do Sul, Nepal, Chile, Croácia e Austrália, entre outros.
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa.
São mais de 450 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal entre 2021 e 2022. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com programação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org.
IMPRENSA
Fotos/Vídeos
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